minhas mãos te confundiram com a fria areia molhada
e eu que pensei estar sonhando
acordei num repente
e descobri (que infortúnio!) minha cama vazia
o lençol marfim amassado
a luminária acesa
o chá, um dia quente, agora gelado
meu peito, um dia vazio, agora cheio de você
das suas palavras
dos seus versos no meu ouvido
da sua boca na minha pele
do seu toque no meu vestido de cetim
de seda
de algodão
de pele
dos seus olhos perfurando meus olhos
atravesando minha alma
desvendando meus pensamentos
e minha negação
não te amo
não te amo
não te...
basta
sua dose de uísque com gelo
seu hálito quente
recitando
amor
amor
amor
sempre amor
você sabe
mas eu insisto em repetir
eu te amo