2014-04-11

ele.

nuns dias que deito meio cabreira ou tristinha, gosto de ficar encarando o sorriso dele numa foto linda que tenho no meu celular. sorriso gostoso, daqueles que o deixam com os olhinhos meio fechados e formam dobrinhas ao redor das bochechas. o sorriso dele me envergonha, às vezes eu fico até sem graça de parecer boba ou apaixonada demais. gosto de ficar observando sem que ele me note e reparo em cada um daqueles traços, cada um daqueles olhos verde-esmeralda com todos os motivos para me fazer largar tudo e me abandonar. amo as formas que o rosto dele faz de todo e qualquer ângulo, principalmente as que vejo quando estou deitada no peito dele ou quando é ele que deita em meu peito. eu amo e o amo quando fazemos qualquer uma dessas duas coisas. mais ainda quando alternamos entre elas. e mais ainda quando ele solta "hum's" enquanto faço cócegas no braço e nas costas dele. gosto tanto disso quanto gosto de acordar com cuidado e ser a primeira a dizer "bom dia, meu amor!", pouco depois de observar seu sono tranquilo e imaginar se estou em seus sonhos. continuo me dedicando para estar nos sonhos dele, enquanto ele já mora nos meus. continuo tentando desvendar aquelas sobrancelhas misteriosas, aquele silêncio sincero ou as palavras soltas como que se escapulissem num salto: "eu te amo...!". eu o amo. e eu o amo tanto que as outras vezes que falei de amor parecem ter sido só uma coceira no peito, ou tropeço na estrada que trazia até onde estou agora, sentada no sofá, esperando por ele. ele tem um jeito doce que me faz precisar. ele se demora em mim, me traz beijos na testa, no nariz, no queixo e no colo, me morde que as vezes até dói, me aperta num abraço cheiroso, quente, macio, onde eu queria poder morar pra sempre. ele me traz afagos, livros e outro dia até uma rosa amarela. daquelas mãos eu já provei os melhores carinhos e cuidados. ele me fez inquilina de seu corpo e, desde então, todo o tempo fico pensando num jeito de sacudí-lo pra tentar roubar o segredo: como ele fez pra me roubar assim? e a resposta vem simples, num sorriso de 12 graus na escala richter do meu peito: ele se fez, ele é. e só pra terminar esse escritinho bobo, enquanto ele me espera pro jantar, só queria dizer que "eu te amo" é muito pouco pra expressar o tanto temos, somos, nos tornamos e fazemos. "eu te amo" chega a ser banal perto desse derramamento de toques, dedicações, carinhos e sentidos, mas ainda assim insisto em dizer que o amo, que ele é e se fez o dono do meu peito, daqui até o que chamam de "pra sempre".