2011-01-28

a paixão dura apenas dois anos.

no fim, o que resta, é o amor. o amor puro, sempre diferente, sempre indiscreto, sempre forte, sempre divino. o mesmo amor que faz com que eu escreva, que alguns fumem, se droguem, se matem, cantem, dancem, pintem ou simplesmente, apenas amem, como se amar por si só já fosse um grande feito (e o é). amor, sempre amor. por mais que fujamos, tentando negar nossas próprias obviedades diárias, tudo sempre termina em amor. assassinos amam sangue. loucos amam o dinheiro. pintores amam tintas e telas. escritores amam palavras. mães amam maridos, filhos, amantes. músicos amam o som. tudo se resume em amar. não há nunca um meio ou um final, o amor é sempre o início. sempre o começo. sempre o primeiro passo. sempre o agora. não existe passado para o amor, o amor não acaba. se acabou, não era amor. era admiração, carinho, respeito, desejo, paixão, necessidade, vício. a puta que o pariu. amor não era. amor é o instante que divide o tempo real e o irreal. o sensato e a loucura. e o infindável. o amor perdura para tudo. enquanto não há amor, não há verbo, nem sujeito, nem conjugações, nem objeto. não há nada. não há nada antes do amor.